quarta-feira, 30 de abril de 2008

Vinho a copo


De facto, é verdade que não soubemos aproveitar a nossa história.
Descobrimos os índios americanos e nem por isso damos nomes tão característicos aos nossos filhos como por exemplo “Filho de Um Bêbado”.
Descobrimos o Brasil e nem nos dentes usamos o fio dental.
Descobrimos a Índia mas não conheço nenhum prato português com caril.
E inventámos o conceito de vinho a copo ao balcão mas no entanto parece que ainda existe alguma resistência em assumir-mos essa nossa tradição.
Hoje, nos lugares fashion, fica bem o consumo de vinho a copo mas fora desse contexto o preconceito persiste.
Alguns dizem ser pelo formato dos copos. Nam...
E foi a pensar nisso, julgo eu, que alguém muito inteligente e muito português com certeza, inventou este objecto onde um dos pilares do Design, a relação forma/função, está bem presente. Kitsch? Talvez. O que importa é que agora já podemos beber vinho a copo em qualquer sítio sem passar vergonha.


Um Brinde.

terça-feira, 22 de abril de 2008

A segunda caixinha mágica.

Depois da TV surge outra grande ideia em formato Box. Não é da TV Cabo nem tem comando à distância mas podemos sempre pedir a alguém para pressionar o botão enquanto ficamos recostados numa cadeira à beira da churrasqueira.
Falo do Bag in box ou se preferirem saco na caixa. Sem dúvida uma óptima forma de acondicionar o vinho.
É quase um laptop. Podemos movimentá-lo de mesa em mesa ou guardá-lo na mala do carro. Se for de linha branca até pode ficar no frigorífico.
Estas caixinhas estão disponíveis em capacidades de 2, 3, 5, 10 e 20 megas , sendo que estas ultimas são mais indicadas para trabalhos de grupo.
Esta magnífica criação utiliza um hardware inovador que mantém intacta na memória toda informação sobre o seu conteúdo por mais de 1 semana. Depois, tal como as baterias, se não as deixarmos descarregar totalmente, ficam viciadas, sem potencialidades e teremos que as substituir.

A sério! Aconselho vivamente o uso de alguns destes produtos. Já temos óptimos vinhos acondicionados nestas embalagens, inclusivamente marcas regionais e geralmente a preços simpáticos. E não precisa de saca-rolhas.

Abraços vínicos.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Herdade dos Grous.


Prometi a mim mesmo que não falava sobre vinhos de elite mas perdoem-me excepção. É que este vinho é mesmo de excepção.
Bebi 2 garrafas num restaurante ao jantar com um amigo e bebíamos mais se houvesse tempo na carteira. Entretanto consegui descolar 1 caixinha de 6 ao dono do restaurante a preço de custo e enfim...
Quando eu disser que é um vinho alentejano ficam já todos de olhos bem abertos. Mas atenção!... É preciso fechar os olhos ao preço.
É coisa para custar entre 20 a 25€ a garrafa no restaurante. Na loja, apenas 10€. E digo lojas porque não existe nos supermercados mas sim no Corte Inglês, enotecas e clubes.
É um rico vinho, de gente rica e para gente rica, mas como nós somos provocadores, vamos furar esse elitismo e vamos consumindo algumas garrafitas sem que eles notem.

Sobre o vinho em si, nem me atrevo a tentar descreve-lo. É mesmo, mas mesmo muito bom.
Bem formado, este nosso amigo tirou ainda um estágio prolongado nas melhores madeiras.
É fácil de beber mas tem muito para se descobrir. Apetece conversar com ele mas sobretudo deixá-lo revelar-se. Não o interrompam quando ele se desdobra em argumentos profundos. É um vinho amigo e deve ser bem tratado. Não o levem para más companhias nem para temperaturas baixas. O nosso companheiro prefere carnes vermelhas, assados no forno e queijos intensos.

Região: Alentejo DOC
Ano de colheita: 2006
Castas: Alfrocheiro, Aragonez, Trincadeira Preta, Alicante Bouchet, Syrah, Touriga Nacional e Aragonês
Temperatura de consumo: 18º C
Teor alcoólico: 13,5% vol.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um espumante conquistador.


De regresso à Adega Cooperativa do Cadaval e à gama Confraria, trago agora uma sugestão para um espumante bruto, quanto a mim muito bom e que, apesar de bruto, tem tratado muito bem as minhas papilas.
Como eu não gosto de bebidas doces, confesso que espumantes doces, a meu ver e beber, são como morangos com açúcar. Ou comemos morangos bons e ao natural ou não os comemos de todo.
Este Bruto Reserva, foi produzido a partir da casta Arinto e tem a particularidade de pertencer a uma região DOC que muitos desconhecem. É um vinho DOC Óbidos mas não é preciso nenhuma batalha para se deixar conquistar por este guerreiro.
É um vinho bastante intenso e com um gasoso batalhante, talvez até um pouco demais.
Foi produzido segundo o Método Champenoise ou Tradicional, tal como acontece com o Champagne e que consiste em provocar uma segunda fermentação em garrafa, facto que melhora substancialmente a qualidade dos espumantes.
É um pouco como os Whiskys Puro Malte que, quantas mais vezes são destilados, melhores se revelam. Alguns são destilados 3 ou mesmo 4 vezes, tudo em prol da qualidade, inversamente proporcional à quantidade e ao preço naturalmente.
Não sei o preço deste Confraria porque ainda não paguei nenhuma das garrafas que me ofereceram. Nem me interessa, para já.
Este vinho gosta de leitão assado, peixe grelhado e claro, marisco. E gosta do frio também.
Mas cuidado! Este vinho trepa, não às muralhas do castelo mas ao encéfalo mais próximo.
E para quem tem o rei na barriga, cautela se não quer ver a cabeça na guilhotina.


Bons vinhos!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Peixe em Lisboa



Sessões de cozinha ao vivo, aulas com o chefe, cursos culinários, tertúlias e harmonizações com vinho.
Entre 5 e 13 de Abril, conheça os grandes nomes da cozinha e os melhores restaurantes de Lisboa num evento com mais de 50 acções programadas. »»

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Blogando de água na boca

Não sei se gosto de funcho. Mas o Funcho estufado com azeitonas pretas do Elvira’s Bistrot tem muito bom aspecto

O mesmo para a Sopa agridoce de wantans

Gosta da ideia de Bolos de Caneca no Microondas do Experiências na Cozinha. Sou capaz de começar a fazer bolos.

E nem de propósito, hoje cá em casa pediram-me para aprender a fazer bola . Torci o nariz. Mas depois de ver a Bola de carnes do Experiências na Cozinha, estou tentado a tentar…

E brevemente vou fazer o Consommé de Pato do Cozinha com Tomates.

A Alheira com ovo e salsa é entrada cá de casa antiga mas nunca me tinha lembrado de servir em fatias de pão torrado. Esta do Cinco Quartos de Laranja ficou com muito bom aspecto.
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