sexta-feira, 23 de maio de 2008

Pêra Bêbeda


Se o vinho é o acompanhamento por excelência da comida em geral também é verdade que tem um papel muito importante na própria confecção de muitos pratos.
Diz-se que devemos cozinhar os alimentos com o vinho que vamos beber e por vezes isso é verdade. Uma cabidela cuja carne marinou num bom vinho, terá certamente mais para oferecer do que marinada num vinho incipiente.
Deixo aqui uma pequena sugestão para uma sobremesa onde o vinho assume um papel preponderante:
Pêra Bêbeda.

Descasca as pêras e num tacho cobre-as com bom vinho tinto, 4 colheres de sopa de açúcar louro e um pau de canela. Leva ao lume até o molho reduzir e engrossar.
Deixa arrefecer e serve com uma bola de gelado de natas com chocolate e vais ver o que é bom…

terça-feira, 13 de maio de 2008

Jomafel

Sempre existiram preconceitos em relação à fast food, mas eu tenho ideia que este tipo de comida está para a gastronomia como a pornografia para o cinema, ou seja, todos gostam mas ninguém assume.
Tal como em tudo na vida há sempre o bom o mau e, em alguns casos, o vilão. Na política existem os políticos bons e o Sócrates, na pornografia há as más actrizes e a Cicciolina, e há a má fast food e a Jomafel. O vilão, em alguns casos, é a ASAE!
Sou da opinião que existem dois tipos de fast food. A que é elaborada de forma rápida, como diria o meu avô, “mal e porcamente”, e a que é feita para ser comida rapidamente mas confeccionada com tempo e carinho, como diria o João Carlos Silva na “Roça com os tachos”. É aí que reside a diferença.
A primeira é de má qualidade e está associada aos hambúrgueres, cachorros e derivados. A segunda é à “portuga” e os menus são compostos por sopas, bifanas, pregos, sandes de ovo, panados, chamuças e por aí fora. È neste mar de escolhas que se destaca a Jomafel, uma padaria/snackbar/pastelaria que abre ás cinco da manhã e fecha por volta das nove da noite, ali para os lados da Benedita, no IC2, outrora Nacional1, mais concretamente no km84 (Casal Carvalho).
Este espaço único serve todo o tipo de iguarias do fast food português, incluindo mini-pratos gigantes de arroz de cabidela, vitela no forno, sopa de peixe, sopa de pedra, pizzas, pastelaria fina e todos os tipo de pão, entre os quais: Pão com chouriço, pão com bacalhau, pão com toucinho, pão com bacon, pão de água, pão regional e muitos mais.
È importante destacar os pastéis de castanha, as natas da Benedita e todos os pregos de vaca, mimados com carne certificada de alta qualidade. Enfatizo o prego à Jomafel em casca. Não me perguntem o que é! Memorizem o nome a peçam. Vão ver que não se arrependem de sentir no palato a textura da carne, ligeiramente apaladada de alho, bacon e casca torrada. Acompanhem com uma mini, um sumol ou um "cortigripe" e rematem com uma nata da Benedita e um pastel de castanha. Café é opção.
Este antro, que já muitas vezes serviu de mote para a conversa sobre a temática do franshing de comida portuguesa com o meu camarada Rolo, já merecia esta referência até porque nem sequer recorre ao outsourcing, produzindo tudo nas suas instalações.
Basta acrescentar que pode visitar a Jomafel em www.jomafel.com, mas não se deixem enganar porque o site não faz jus à qualidade da casa.
Para terminar uma referencia ao curioso sistema de comunicação em que os clientes vão sendo informados, qual aeroporto ou estação de expressos, dos horários a que vão sair... os pasteis, o pão ou qualquer outro produto.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Cabeça de Toiro


O vinho Cabeça de Toiro Reserva Tinto, Ribatejo DOC é de caras um bom vinho. Tem muito por onde pegar. Marca emblemática nos vinhos do Ribatejo é a cada colheita lançada uma óptima investida.
Após alguns anos em cativeiro, este Reserva 2005 regressa à nossa praça em grande força e com uma nova roupagem.
Produzido a partir das castas Castelão e Touriga Nacional, este vinho tem na sua estrutura características para guardar e evoluir ainda mais.
Tem 13,5% de álcool por isso cuidado, não marrem muito com ele.

Deixo-vos a nova imagem deste vinho que irá estar no mercado muito em breve para que o procurem num restaurante perto de si.

Bons Vinhos.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Homenagem à Criadora.


Se hoje sei alguma coisa de culinária, isso deve-se em grande parte à minha mamã. Ensinou-me muito do seu saber e vários truques imperativos para a correcta confecção de alguns pratos. Mas sobretudo, cultivou em mim e nos mês irmões, o gosto e respeito pela comida, esse prazer da vida por tantos negligenciado. Mesmo depois de um dia de trabalho árduo na sua cozinha de profissão, reservou-nos sempre alguma energia para forrar a mesa de jantar com tudo menos qualquer coisa.
Ainda hoje, procuro nas suas páginas, recursos que parecem inesgotáveis.
Tenho de admitir que o telemóvel é útil em alguns casos.
Mas isto não é uma homenagem lamechas! Não tinha piada nenhuma!
Quero aqui nesta sala, revelar a minha gratidão de facto, mas também mostrar como nunca é tarde para retribuir estas dádivas das mais variadas formas. E sublinho variadas!
Como não pretendo ensinar a missa ao padre, resolvi oferecer à minha mãe algo diferente. Uma vez que ela gosta e muito de música ofereci-lhe um curso de bateria.
No fundo, estou a trocar a sua cozinha, tachos e tabuleiros que tantas vezes me emprestou pela minha adega e pela minha bateria. O conhecimento que tenho para lhe oferecer é que não me parece justo de facto. Mas este curso é de iniciação o que equivale na prática a uns ovos mexidos ou um arroz branco.
Para um cabrito no forno ou um bacalhau com natas (grau avançado), pois então já estamos a falar de Double Paradiddle, Double Stroke Roll e ritmos sincopados.

Votos de sabores percutidos.


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