quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Hoje há pipis.


Caramba! Parece impossível ainda não termos falado de pipis neste blog.
Não que isto é malta de respeito! Só se for quando estamos com o grão na asa.
Chego a ficar com pele de galinha só de pensar neste petisco. Tenho pena é que demore tanto tempo a fazer.
Para quem não tem ido aos treinos, os pipis são as moelas, fígado, coração, pescoço e até os pezinhos do frango, tudo cortadinho aos pedacinhos.
Bom! Fazer uns pipis no tacho é fácil mas tem o seu modo.
PRIMEIRO:
Não há cá panelas de pressão para ninguém! Por isso é que demora 2 horas ou mais mas fica mais apurado e com o molho espesso e assim é que é um molho dos pipis.
Aqui o truque é cozinhar em lume brando, o tempo que for preciso.
SEGUNDO:
Não é preciso refogados nenhuns! Isso apenas vai desperdiçar tempo as qualidades nutricionais e espessantes que a cebola tem. Colocam-se todos os ingredientes no tacho, de preferência de barro e apenas vamos mexendo atempadamente para não pegar.
TERCEIRO:
Bom pão para acompanhar.

E é assim:
Junta os pipis, um pouco de azeite, sal, pimenta e picante a gosto, cebola e alho picados, uma folha de louro, um pouco de colorau, 1 tomate bem maduro esmagado, vinho tinto (eu utilizo apenas cerveja, dentro e fora do tacho), 2 cubos de caldo de galinha, um raminho de salsa e meio pimento vermelho cortado em pequenos cubos para se desfazer totalmente.
O vinho ou a cerveja devem cobrir bem os pipis (censura) porque durante o tempo que se segue vão suar bastante e perder muitos líquidos (censura).
Controla o molho acrescentando água se estiver a ficar seco ou tira tampa lá para o final se ainda estiver muito aguado. Rectifica também o sal a meio da cozedura.
Quando as moelas (o que demora mais a cozer) estiverem tenrinhas e o molho bem apurado e grosso podes desligar.
Esta comida não tem hora marcada. Podes fazer num dia e comer no outro que ainda fica melhor. Portanto é bom para festas porque podes fazer com calma e antecedência.

Vá, vão lá chatear a Maria por causa dos pipis.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Que grande massada!

Não quero ser maçador, mas chegar a casa e não ter nada para jantar é uma grande maçada. Ir à horta fazer uma rápida recolha, pegar em restos de peixe, camarão com três dias e juntar-lhe massa cotovelo, daquele supermercado onde os clientes, maioritariamente de leste, tem que pagar os sacos, pode ser uma grande massada. E foi mesmo!
È muito simples. Basta ter no frigorífico apenas oito camarões cozidos e restos de pescada com três dias, ir à horta escolher coentros, um pimento verde e três tomates bem maduros. Picar os tomates pelados e o pimento verde, juntar ao refogado de alho e cebola, acrescentar água e o peixe, deixando ferver para juntar a massa cotovelo. Junta-se o camarão, o sal e picante a gosto e a tampa em cima do tacho quando se desliga o fogão. Deixa-se apurar, picam-se os coentros em cima do “entulho” e serve-se de imediato. Houuve quem dissesse que os camarões provavelmente estavam podres mas o tinto duriense não se queixou da companhia.
PS: Estou muito orgulhoso porque os meus tomates já são falados em toda a região.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Semi-frio à Jackson Pollock


Se cozinhar é uma arte isto pode ser um exemplo disso. Experimentei afixar na parede mas não tinha pregos e acabei por ver a minha família a lamber as paredes humilhantemente. É a chamada arte orgânica. Tão orgânica que acabas na retrete se fores guloso/a.
É um docinho de bolacha, natas e chocolate e faz-se assim:
Mergulha um pacote de bolachas Maria em café previamente mexido com um pau de canela e retira-as para uma travessa formando camadas alternadas de bolacha e natas batidas com açúcar a gosto. Guarda algumas natas para a cobertura.
Num púcaro derrete uma tablete de chocolate preto com um cubo de manteiga.
Faz uma cobertura com as restantes natas e diverte-te a pintar com o chocolate.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Pataniscas al Rosmaninho do Monte


O pai é Monte a mãe é Rosmaninho! Confuso?
Passo a explicar... ontem fui jantar a casa de uns amigos,
o motivo da visita: risada, conbibio, e a razão mais bonita
da noite... o Leonardo Rosmaninho do Monte, um bébé gorducho
lindo lindo! Vai dai, o Monte que é do Ribatejo mas diz que
é alentejano, faz umas pataniscas majestrais, soberbas aliás.
Um mimo! Tão boas, tão boas que ninguém ligou ao prato
confeccionado por mim, Massada de Camarão ao Alhinho. Chuif.
Fica para uma próxima! A conclusão chegada é simples e clara,
como uma bela taça de vinho branco fresquinho; não há nada
que seja tão bom como umas boas pataniscas, uma garrafa
de borba 2007 branco e uns bons amigos a acompanhar.

Receita da Patanisca_
1 posta de bacalhau em lascas
1 molho de salsa
1 colher de chá de fermento
1 colher de chá de cominhos
1 colher de chá de oregãos
1 cebola grande picada
2 dentes de alho picados
2 copos de água morna
2 chávenas de farinha

Mistura-se tudo, junta-se água e farinha até adquirir uma consistência adequada.
Frita-se a quantidade de colheres de sopa em óleo de girassol.

Depois digam qualquer coisinha!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vai um cafezinho?


De facto o universo dos comes-e-bebes é tão grande como a barriga do meu sogro.
Falamos disto e daquilo para comer, da bebida como acompanhamento mas não nos podemos esquecer do final. O grande final de uma boa refeição, o cafezinho bem tirado.
Comprei uma máquina da Nespresso e aconselho vivamente. O sacana do café é mesmo bom, principalmente o de cápsula preta que é o mais intenso, para o meu gosto claro.
Gostava no entanto de deixar algumas indicações que aprendi com um cliente cuja a sua indústria se dedica à torrefacção e venda de cafés.
Em primeiríssimo lugar, NÃO AOS DESCAFEINADOS. São um veneno para a nossa saúde de ferro. Para o efeito, o café descafeinado é submetido a uma lavagem com subtâncias químicas que são muito piores que qualquer dose de cafeína e se não morremos do mal morremos da cura. Quanto ao café normal, importa também esclarecer que o café curto faz menos mal que o café cheio. Porquê? Basta pensar que o café cheio contém o curto mais o excedente para preencher a chávena. Isto para além de que, quanto mais água fazemos passar pelo café pior as substancias que dele são extraídas. Portanto, o cafezinho curto ainda assim é o menos mau.
Outro dado importante para quem compra sacos de café para a sua máquina é a Mescla. A Mescla é a mistura de café de torra natural (feita a lenha) e de café torrefacto (torrado com açucares). Quanto maior for a percentagem de torra natural melhor. Se encontrares sem Mescla, 100% torra natural aproveita, esse é melhor. No fundo é como os Whisky Blend ou os Vinhos de Mesa que ao contrário dos puros ou Vinhos de Quinta, são uma mistura de vários lotes, uns maus outros menos maus.

Por último, deixo uma piquena sugestão: Um bom café expresso e uma bola de gelado de baunilha ou natas à parte. Um golo de café, uma colher de gelado e assim por diante.
O contraste do quente/frio e o amor que o café tem pelas natas é FANTÁSTICO, como diria o meu amigo Mário.

Beijinho

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Agrião doce à Lagartinho


Esta especialidade pode despertar curiosidades aos mais cépticos.
O que é certo é que o agrião é um legume muito versátil…
Ou numa saladinha fria com alho e cebola, ou numa bela sopinha,
e porque não num bolo?!
O meu querido vizinho Rui Lagartinho, não só é óptimo vizinho,
um grande jornalista, mas também um homem dotado de poderes
sobrenaturais na cozinha, um verdadeiro eclético do avental
e da colher de pau. Foi num jantar no belo do terraço,
que o meu vizinho e amigo, nos presenteou com o famoso
bolo de agrião, de paladar requintado e nada difícil de fazer.

Então aqui vai a receita do dito_
1.5 Dl de óleo e 4 gemas (misturar), juntar ½ molho de agriões
e misturar com a varinha mágica. Adicionar 2 chávenas de açúcar
e 2 de farinha com uma pitada de fermento.
Envolver com 4 claras em castelo e levar ao forno pelo menos
25 minutos (espetar palito!!), no final polvilhar com açúcar.

Vejam o belo aspecto e deliciem-se!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Vinhos sem censura

É só para complementar o post em baixo.

Vinhos com censura.


Esta receita é para a estupidez.
Depois daquele inesquecível anúncio com mais de 10 anos ao shampoo “Fá” em que a menina saía do mar tal como veio ao mundo mas com mais frio, das fantásticas da TV Cabo ou do Phone-ix, ou mesmo até dos implantes da Manuela Moura Guedes, pensei que já tudo fosse possível.
Mas não! Ainda há censura e da boa.
Este anúncio da G Design, um gabinete de design especializado em rótulos para vinhos, foi impedido de ser publicado numa Revista do sector vinícola, segundo o argumento de que o público-alvo da revista são homens, muitos deles com alguma idade e poderia ferir susceptibilidades. Realmente estes criativos são mesmo burros! Fazer um anúncio com uma mulher atraente para uma revista lida por homens maioritariamente. Onde é que já se viu?
O que é certo é que os leitores foram privados de um miminho e a única coisa elegante e intensa, bem estruturada e com boa cor que vão poder ver são as notas de prova desta revista.
Por outro lado, o lado de trás, existe a possibilidade de esta ser uma revista de vinhos abertos para gays.
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