segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Cergal (Cerveja)

O Verão já se foi, e com a mudança de estação os meus rituais gastronómicos também se alteram.
Não sei se é do chilrear dos pássaros na província ou das pessoas sem chapéu de chuva na urbe, mas é bem verdade que a partir do momento em que o frio se vai, o meu organismo anseia por umas tardes nas traseiras de casa a ouvir musica e a criar intimidade com umas cervejas bem geladas, com a mesma intensidade que o inicio do Outono me pede lençóis de flanela ou vinho tinto.
Serve toda esta lenga-lenga para sugerir, àqueles que tem por hábito juntar amigos para refrescar a alma à base de tremoços, caracóis, camarão da costa, percebes, amêijoas à bulhão pato, outros que tais e derivados (gostei desta!)……já me perdi!.....dizia eu, que o “Hoje há pipis” sugere á malta que gosta de beber umas “Jolas” a marca de cerveja Cergal.
Primeiro, porque serve de aperitivo para que os bebedores da geração da guerra colonial possam relembrar algumas “passagens” associadas a esta velha marca de cerveja, que, vá-se lá saber porquê, andou desaparecida durante uns tempos.
Segundo, porque com menos de cinco euros compram-se vinte e quatro belas cervejolas.
Terceiro, porque esta marca de lourinhas, talvez por ter andado desaparecida, apesar de ser uma pechincha até não é nada má, se comparada com algumas peso-pesado do mundo cervejeiro.
E em quarto lugar, porque, apesar de ser uma cerveja gaseificada, mesmo que a consuma como quem desidratou durante dias, mantêm os intestinos afastados da produção de gás natural, coisa que não acontece por exemplo, com uma conhecida marca de cerveja dinamarquesa que patrocinou o Euro 2004 e o Mundial de 2006 e que antes da alteração de imagem e conteúdo era das minhas preferidas.
Para terminar, acrescento que esta cerveja se encontra à venda esta, e todas as semanas, no sítio do costume.
Aproveitem o Outono
Boas barrigas.

terça-feira, 17 de julho de 2007

“Caldeirada” de Raia



Pois é… Se é só de raia será que ainda se lhe pode chamar caldeirada?
Pessoalmente acho que sim, até porque a essência está lá e a raia é um peixe que não se importa de estar só. É um peixe orgulhoso mas muito bom de facto.
Também existe a possibilidade de naquela altura, só existir raia no meu frigorífico. Mas não, a raia era fresca e comprada especificamente para o efeito.

Servi este preâmbulo como entrada porque o prato principal é tão fácil de confeccionar que o texto ficaria tão “piqueno” como as doses de caracóis na cervejaria Novo Horizonte. Aliás, é tão fácil, tão fácil que até me apetece tratar mal alguns cozinheiros deste país que nos servem uma caldeirada de merda em restaurantes, alguns até, à beira mar plantados.

Posto isto, passemos ao que interessa.
Num tacho, coloca 2 “ciboilas” em rodelas, azeite, alho picado, alho francês (opcional), batatas em pedaços, 1 cenoura às rodelas (opcional), 3 tomates pelados esmagados, um pouco de polpa de tomate (o que é muito bom para engrossar o molho), picante a gosto, sal e pimenta e por fim, no topo, a vaidosa da raia, previamente temperada de sal. Bota ao lume e deixa o tomate libertar a sua água. Só então poderás acrescentar algum vinho branco qb. Isto é muito importante porque nos permite controlar melhor a evolução do molho e a sua consistência.
Não mexas muito para não partir o peixe nem deixe cozinhar demasiado.
Depois cozinhado, acrescenta salsa picada, serve e come.

Para acompanhar, Branco, Verde ou Rose? Cheio!


XXIV Festival do Vinho Português

Decorre desde o passado dia 14 e até ao próximo domingo, dia 22 de Julho, a 24ª edição da Festa do Vinho Português na mata municipal do Bombarral.
O evento tem como objectivo promover o vinho nacional, e conta com a presença de adegas cooperativas, armazenistas de vinhos, associações de agricultores entre outras entidades e empresas ligadas ao sector vitivinícola, num total de quatro dezenas de expositores.
O mais antigo certame nacional dedicado à vitivinicultura para além das provas de vinho e dos muito concorridos leilões de vinho, apresenta um cartaz recheado de muita animação musical e também de restaurantes que terão a responsabilidade de acompanhar alguns dos melhores vinhos portugueses.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Um prato com tomates...


É só isto!...

Pimentos e tomates pequenos untados em azeite e temperados de sal.
Leva-os ao fornos a gratinar e serve com queijo fundido no topo. Podes acrescentar orégãos no final que resulta muito bem.
Serve como entrada (atenção que não substitui o sapato ou a gaja boa à porta da discoteca) ou como acompanhamento (idem...).

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Clepe Poltugalês



É que nem sequer leva rebentos de soja!...
Leva o que havia, ou seja, couve portuguesa, cebola, alho, cenoura, courgete, azeite, sal e Queijo da Ilha ralado (um queijo que vive preocupado).
Espetas tudo isto num Wok bem quente com azeite, à excepção do queijo carrancudo. Bastam 3 minutos e já está.
Divide em partes iguais sobre a massa folhada, acrescenta o queijo aborrecido/coitadinho e faz um charro. Estou a falar a sério! Podes utilizar a saliva para colar a massa que ninguém nota.
Bom, já agora, frita os crepes, escorre em papel e serve com uma salada ou arroz “até logo”.

Esta receita ainda não tem numero.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Diz que é uma espécie de Sushi


Hoje não me apetece escrever, portanto...

Copy, paste e aqui vai alho.


O sushi (鮨, 鮓 ou 寿司) é um prato de origem desconhecida mas que se popularizou apartir da culinária japonesa à base de arroz temperado com vinagre e recheado com peixe, frutos do mar, vegetais, frutas ou ovo. A cobertura pode ser crua, cozida ou marinada; e pode ser servido sobre uma tigela de arroz, enrolado em uma tira de alga marinha seca, em bolinhos de arroz feitos manualmente, ou recheado em uma pequena bolsinha de tofu seco.
No
Japão, a palavra sushi se refere a uma gama de comida preparada com sushigohan, arroz temperado com vinagre. Fora do Japão, sushi é geralmente entendido como peixe cru. É por vezes confundido com sashimi, que são frutos do mar fatiados delicadamente servidos apenas com molho de soja e wasabi.

Tipos de sushi

O ingrediente comum em todos os diferentes tipos de sushi é o arroz de sushi. A variedade aparece na escolha dos recheios e coberturas, na escolha de outros condimentos, e na maneira em que são montados. Os mesmos ingredientes podem ser montados de formas inteiramente diferentes para a obtenção de efeitos totalmente diferentes. Essa seção lista as diferentes formas de construir o sushi, independentemente dos tipos de recheio e cobertura.


Makizushi (sushi enrolado). 巻き寿司. Um pedaço cilíndrico, formado com a ajuda de uma esteira enrolável de bambu, chamada
makisu ou sudare. O makizushi é geralmente embrulhado em nori, uma folha de alga marinha desidratada que abriga o arroz e o recheio.
·
Futomaki (rolinhos grandes). 太巻き. Cilíndrico e grande, é um dos mais populares sushis. Possui como recheio variada combinação de peixes, folhas e raízes. Tendo tradicionalmente ímpares recheios é um dos mais apreciados em festivais e datas comemorativas.
·
Hosomaki (rolinhos finos). 細巻き. Um pedaço cilíndrico fino, com o nori na parte externa. O hosomaki típico tem por volta de dois centímetros de espessura e dois centímetros de largura. Eles são geralmente feitos com apenas um recheio, simplesmente porque não há espaço suficiente para mais de um.
·
Kappamaki. Hosomaki recheado apenas com pepino em tiras é um dos mais tradicionais sushis. Foi batisado dessa forma em homenagem ao
Kappa, figura folclórico japonesa, que tinha o pepino como seu alimento preferido.
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Tekkamaki. Tendo como recheio o atum é uma das variantes mais conhecidas do hosomaki.
·
Temaki (rolinhos de mão). 手巻き. Um pedaço grande em formato de cone, com o nori na parte externa e os ingredientes até a boca da extremidade larga. Um temaki típico tem por volta de dez centímetros de comprimento, e é comido com os dedos já que é muito estranho pegá-lo com palitinhos.
·
Uramaki (enrolado ao contrario). 裏巻き. Um pedaço cilíndrico médio, com dois ou mais recheios. Uramaki se diferencia dos outros maki porque o arroz está na parte externa e o nori interna. O recheio fica no centro, rodeada por uma camada de nori, então uma camada de arroz e uma cobertura de outro ingrediente como ova de peixe ou sementes de gergelim torradas. Tem como seu mais popular representante um sushi americano, o
California Roll.
Oshizushi (sushi prensado). 押し寿司. Um pedaço em forma de bloco usando um molde de madeira, chamado
oshibako. O chef alinha o fundo do oshibako com a cobertura, cobre-o com arroz de sushi, e pressiona a tampa do molde para baixo para criar um bloco compacto e retilíneo. O bloco é removido do molde e cortado em pedaços que cabem na boca.
Nigirizushi (sushi feito à mão). 握り寿司. Pequenos pedaços ligeiramente similares ao sushi prensado ou sushi enrolado, mas feito sem a utilização de makisu ou oshibako. Montar um nigirizushi é surpreendentemente difícil para fazer de forma correta. A forma mais simples é um pequeno bloco de arroz de sushi com uma lasca de
wasabi e uma camada fina de uma cobertura colocada sobre ele, possivelmente amarrada com uma tira fina de nori.
·
Gunkanzushi (sushi navio de guerra). 軍艦寿司. Também conhecido como gunkanmaki é um sushi pequeno, ovalado, similar em tamanho e aparência ao hosomaki. Um punhado de arroz é embrulhado à mão em uma tira de nori, mas ao invés do recheio ficar no centro, tem alguns ingredientes—como ovas de peixe—empilhados no topo.
Inarizushi (sushi recheado). 稲荷寿司. Um pequeno pacote ou bolsinha cheia de arroz de sushi e outros ingredientes. O pacote é confeccionado de tofu bem frito (油揚げ ou abura age), uma omelete fina (帛紗寿司 ou fukusazushi), ou folhas de repolho (干瓢 ou kanpyo).
Chirashizushi (sushi espalhado). 散らし寿司. Uma tigela de arroz de sushi com outros ingredientes misturados. Também conhecido como barazushi. ばら寿司.
Edomae chirashizushi (sushi espalhado no estilo Edo). Ingredientes cru arranjados de forma artística em cima do arroz na tigela
Gomokuzushi (sushi no estilo Kansai). 五目寿司. Ingredientes cozidos ou crus misturados no meio do arroz na tigela.

Sushi pré-embalado.
Narezushi (なれ鮨) é uma forma mais antiga de sushi. Um peixe é recheado com sal após seus órgãos e escamas serem removidos. Estes peixes são colocados em um barril de madeira mergulados em sal e pesados com um
tsukemonoishi pesado ou uma pedra específica. Eles são fermentados por entre dez dias e um mês. Então esses peixes são colocados na água por entre 15 minutos e uma hora. Os peixes são então colocados em outro barril, encaixados e colocados em camadas com arroz cozido no vapor e peixe resfriados. Então eles são novamente selados de forma parcial com otosibuta e uma pedra específica. Conforme os dias passarem, a água fermentada deve ser retirada. Seis meses depois, esses "funazushi" podem ser comidos mas podem durar por mais de seis meses.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Cerveja Divina


Eu sou um homem de fé! Bebo a minha cervejinha religiosamente todos dias ou melhor, relógio-samente. É imperial manter este ritual e visitar todos dias o santuário do malte e da cevada.
Por vezes até sinto uma força divina que me dá para praticar o bem e partilhar com o próximo uma próxima rodada.
Nunca fui a Fátima a pé mas já andei muito para beber uma fresquinha. Sou tão dado a esta religião que me vejo sempre rodeado de beatas, como que a dizerem "vai mais uma oraçãozinha?", "agora é uma Avé Mariazinha". Mas eu digo não senhor, ou é para todos ou não é para ninguém! Quem não tem fé não se mete... "Sai mais um terço aqui para os do banco da frente".
Mas é claro, há sempre aqueles que nunca pagam uma promessa a ninguém. Vão à missa mas são uns pecadores que nunca fazem um sacrifício por ninguém.
Bom, tenho de ir andando. São quase horas de ir à missa. Vou ter com o SENHOR Antóino.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Bife ao alho


Um naco da vazia de novilho temperado de sal e pimenta, bastante alho em pedaços generosos e um pouco azeite são o necessário para fazer um bom bife.
Numa frigideira de ferro (das feias e aderentes), aquece o azeite com o alho. Coloca o bife já com o sal e a pimenta moída e deixa fritar sem mexer até ganhar uma coloração dourada. Vira a carne e acrescenta um pouco de água para ligar o molho e retira quando estiver ao teu gosto, bem ou mal passado. Serve com o bife com o lado mais tostado virado para cima, os alhos e umas colheres de molho.

Podes sempre servir com um ovo estrelado, de gema mal passada, em cima do bife. A gema do ovo liga muito bem com este molho à medida que vamos dissecando este pedaço de bom gosto.

Acompanha apenas com pão fresco. Umas bolas ainda crocantes fazem da côdea o melhor amigo deste molho.

Buida:
Um bom tinto ou imperial servida com bastante espuma.

Atum em cama de puré de batata

























Peguei num prato muito simples e redesenhei-o para bem da minha objectiva de 5 megapixeis.
A partir de uma convencional refeição de atum com batata e ovo, temperados de azeite, reinventei este prato mantendo os ingredientes básicos. Não deixa de ser muito simples.

Coze algumas batatas e uns ovos. Reserva as batatas e os ovos descascados no tacho tapado e sem a água. Pica cebola, um ramo de salsa e mistura numa tigela. Tempera o atum de lata, previamente escorrido e lascado, com azeite, vinagre, pimenta, um pouco da cebola com salsa e reserva. Com um garfo, faz um puré de batata com umas colheres de maionese, pimenta, nós moscada e salsa picada. Agora, com a ajuda de uma forma redonda, tipo cincho, faz uma cama de puré com 1 cm de espessura aproximadamente, coloca a salada de atum em cima com uma tostinha e um quarto de ovo no topo. Retira a forma e decora com uma colher do azeite que ficou da salada de atum.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Franguinho à moda da sogra

Esta receita é uma excelente e muito simples forma de causar boa impressão. Até mete impressão…
Para um frango em pedaços, junta uma saqueta de sopa de cebola Knorr e 2 cervejas pretas numa caçarola. Deixa cozinhar 1 hora e pronto… Apenas tens de te preocupar com o acompanhamento e com a bebida.
Acreditem, é mesmo capaz de passar por comida caseira da mamã ou da avozinha, feita com enorme preceito. Qual não foi o meu espanto quando descobri que afinal aquela magnífica refeição que a minha sogra preparava especialmente para mim e que eu tanto aprecio não passava de 1 parágrafo de receita.


Acompanha com um puré de batata, batata frita ou esparguete.

Buida:
Uma cerveja Sagres Bohemia vai muito bem com este molho espesso e caramelizado, de sabor algo torrado, facto que se deve à cerveja preta utilizada no cozinhado.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Tasquinhas (Rio Maior)

Decorre desde o dia 23 de Março e até ao próximo dia 1 de Abril, paredes meias entre o Ribatejo a Estremadura, ou seja, em Rio Maior, o certame Tasquinhas 2007.
Uma organização da Autarquia riomariorense, que conta já com duas décadas de existência, esta mostra gastronómica dedica o seu espaço ás associações do concelho no sentido de promover a gastronomia da região.
Esta é uma oportunidade para degustar alguns dos petiscos regionais, tais como: molhinhos, morcela de arroz, bacalhau com batata a murro, coelho á caçador, favas guisadas com entrecosto, fritada com arroz de feijão, cabidela, moelas, tripa assada, pataniscas de bacalhau, sopa de pedra, mas também pratos tão comuns como batata pré-frita.
A doçaria, artesanato, enchidos, queijos e uma amostra do tecido empresarial da zona centro fazem também parte deste evento.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Bochechas de Bacalhau em Molho Escabeche



Como é sabido, são tantas a formas de cozinhar bacalhau quantas as posições do Kama Sutra. Esta é no mínimo invulgar mas muito confortável, a receita.

São precisas bochechas de bacalhau, azeite, alho, 1 cebola e vinagre de vinho tinto.
O bacalhau, tal como os carros, também é vendido desmontado e à peça. Vendem-se línguas, caras, bucho, badanas e as bochechas retiradas à cara do animal. Só não vendem orelha de bacalhau porque ele não as tem. Encontras este “Kit de Bacalhau” em revendedores deste peixe, não nos hipermercados.

Como é que se faz as coisas:
Depois de demolhadas, frita as bochechas em azeite e alho. Retira e reserva-as numa travessa. No mesmo azeite espeta-lhe com a cebola em rodelas e deixa alourar. Acrescenta um esguicho bem generoso de vinagre e deixa evaporar. Coloca o escabeche por cima do bacalhau e serve com couve cozida e batata.

terça-feira, 13 de março de 2007

Tortilla

As tortillas são uma excelente forma de reaproveitar e dignificar a batata. São um petisco muito bom e fácil de executar, ideal para um lanche. A base para a tortilla é a batata e o ovo, mas também alguma criatividade em aproveitar ingredientes. Para esta utilizei o que tinha à mão e foi o seguinte: Algumas batatas cozidas que havia reservado no frio, facto imperativo para a resistência da batata face às agressões de um salteado na frigideira, meia cebola em juliana, 2 tomates vermelhos e rijos ou seja, com tomates, uns pedaços de pimento vermelho, um pouco de alho francês, sal e pimenta.

Como é que se faz as coisas:
Numa frigideira anti-aderente e larga, cozinha ligeiramente estes ingredientes com um pouco de manteiga e sem mexer demasiado. Este ponto é importante para que os ingredientes adquiram um tom tostado ou gratinado, o que lhes confere uma textura muito mais atraente no final. Por exemplo, em muitos pratos, as aves são previamente salteados até que a pele ganhe uma coloração dourada, com laivos de queimado, o que se mantém até ao final, mesmo depois de submetidas a outros passos na confecção do prato, mas o aspecto final é muito mais apelativo. Posto isto, voltemos ao que interessa. Espeta-lhe agora com 3 ou 4 ovos batidos, tempera com sal e pimenta e deixa cozinhar até ganhar alguma resistência por baixo. De seguida, com outra frigideira invertida, ou com uma enorme habilidade para fazer panquecas, vira a tortilha para cozinhar do outro lado. Podes acrescentar queijo aquando do ovo, o que é motivo de orgulho para o próprio queijo.
Este petisco é mesmo, mas mesmo muito bom com cerveja Guinness ou outra do tipo “Ale”, que são cervejas mais espessas e de sabor torrado, o que, para mim, myself and I, é aquilo a que se chama um casamento perfeito, se é que isso existe.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Diz que é uma espécie de Soufflé




Sobre a carne que se vê na imagem não vou falar. São umas costeletas de cebolada mas pode ser qualquer outra carne desde que estufada com muita molhanga.

O acompanhamento ao lado, esse sim, merece toda vossa atenção.
Por vezes chego a casa ao fim da tarde, já com o grão na asa e começo a improvisar na cozinha. É quando sai melhor. Desta vez, o resultado foi qualquer coisa como um soufflé de legumes.

Ora vamos lá então…
Numa panela com água e sal, espeta-lhe com uma 1 cebola, 2 dentes de alho, 2 cenouras, 3 batatas, ½ alho francês, 1 courgette e deixa cozer. Escorre, tritura com a varinha mágica, junta 3 ovos, uma pitada de pimenta e de nós moscada, acrescenta um pouco de farinha e mexe com uma colher de pau até obteres uma massa semelhante à dos bolos. Coloca este preparado num tabuleiro previamente untado com manteiga e polvilhado com farinha e leva ao forno com queijo ralado no topo.
Ó meu amigo… Qual puré de batata qual carapuça! Isto é mais fácil e muito mais saboroso, já para não falar na apresentação. Quando servires uma fatia deste “bolo” à tua amada, verás que as dores de cabeça e todas as indisposições darão lugar a uma fome insaciável. Isto é melhor que uma terapia de casal. Se isto não resultar, troca de mulher. Ela não te merece.

terça-feira, 6 de março de 2007

Sabores d`Aldeia (Cadaval)

Numa noite em que a irracionalidade musical me levou para zonas que desconhecia, eu e os meus companheiros de pauta, enveredamos por uma aventura em busca dum local para comer algo mais que uma bifana ou um bitoque. Depois de verificarmos que a sugestão de restaurante de um dos compinchas se encontrava encerrada, sem saber como ou porquê, o alcatrão levou-nos até um restaurante de beira de estrada rodeado por stands de automóveis e outras superfícies comerciais típicas de uma estrada regional com movimento. Estacionamos. Dirigimo-nos à entrada e deparamos com uma sala grande e fria, talvez por estar vazia, tendo em conta o número de lugares disponibilizados e…livres.
Escolhida a mesa, pedimos umas imperiais para por fim à desidratação causada pela rotação dos pneumáticos no alcatrão, e fomos presenteados por azeitonas e pão dignos de uma vénia de agradecimento. O frio foi-se encolhendo e deu lugar à lista de comezainas. Coelho à caçador, polvo à lagareiro, veado na púcara, vitela à padeiro, pato no forno entre muitas outras propostas que começavam nos grelhados e acabavam em pratos de peixe.
Como a hora já ia avançada e as refeições servidas ao jantar não entusiasmaram a mão-de-obra da cozinheira, foi-nos sugerido o pato no forno.
Tal como o serviço informal e bem intencionado sugeriam, o pato no forno estava bem cozinhado, mantendo todos os sucos da carne, bem temperado – sem exageros de especiarias – com a textura certa e pele estaladiça.
Ao contrário do vinho, das azeitonas e do pão de trigo e de passas que acompanharam o repasto, as batatas fritas que ladeavam o pato fizeram com que a ave não tivesse sido convenientemente coadjuvada nesta proposta relativamente bem sucedida. Tal como já expliquei noutras oportunidades, as batatas fritas que - só por si - me fazem voltar a um restaurante devem ser,… aliás, não devem ser pré-fritas nem ultracongeladas, mas sim, daquelas batatas teimosas que dão trabalho a descascar e a cortar aos palitos não homogéneos. Essas sim, se fritas da forma correcta servem de bilhete de regresso, pois para além da sua textura estaladiça por fora e húmida por dentro, fazem do nosso palato um brinquedo vulnerável nas mãos deste tubérculo.
O arroz de manteiga estava no ponto não deixando margem para grandes negativismos.
Terminado o prato principal, foi-nos sugerido o doce da casa que foi petiscado por três colheres, colheres essas, que devido à falta de essência e substancia da dita sobremesa caseira, foram abandonando a taça ainda coberta de chantili de lata e por um palito de la renne empapado.
Seguiu-se o café e os digestivos a gosto, a conta, o pagamento e o regresso ao alcatrão que nos levaria de regresso ao espaço onde iria ser cometido o crime musical de qualidade muito similar às batatas fritas que adornaram o prato no final do jantar.

Detrás da orelha: Pato no forno, azeitonas e pão.
Desenxabido: Batata frita e doce da casa.
Pontuação: Come-se
Preço: Uma pechincha

Sabores d`Aldeia, Estrada nacional 115 – Casarão (Cadaval). Tel. 262 744 264

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

5º Festival do Arroz e da Lampreia

“O Roque e a amiga”, ou seja, o arroz do Baixo Mondego e a Lampreia do Mondego vão estar no prato de 2 a 11 de Março em Montemor-o-Velho no 5º Festival do Arroz e da Lampreia, que promete uma viagem gastronómica tendo como protagonista o arroz carolino.
Nos restaurantes de Montemor e nas tasquinhas e petisqueiras do Festival vai estar disponível um menu onde constam hinos gastronómicos como o arroz de lampreia, arroz de cabidela, sarrabulho ou arroz de pato, típicos da região. Para colocar a “cereja no topo do bolo” o “Hoje há pipis” sugere, para encerramento da degustação, um arroz carolino doce, ou se preferirem, um arroz doce carolino.
Se tudo correr como planeado o “Hoje há pipis” vai lá estar.

PS: Tal como aconteceu no caso deste post, o endereço de e-mail do "Hoje há pipis" (que se encontra aqui do lado direito) está disponovel para receber sugestões, informações e até convites - porque nós não temos vergonha - para todos os eventos gastronómicos e de enfardanço, espalhados por este Portugal.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Feira do Queijo do Alentejo

Aproveitando esta excelente época para degustar queijos o “Hoje há pipis” tem vindo a sugerir alguns eventos que poderão servir como “antro de degustação” para o que de melhor se faz neste país à beira mar plantado e que produz muitos queijos de grande qualidade.
A sugestão de hoje tem por denominador comum o queijo alentejano. Trata-se da Feira do Queijo do Alentejo que vai decorrer entre 23 e 25 de Fevereiro, no pavilhão de feiras e exposições de Serpa, considerada pelo “Hoje há pipis” a “Vila antro” do queijo alentejano. Nesta mostra haverá oportunidade para provar queijos, não só da região, mas também do país e do estrangeiro.
Para além do queijo este certame dará a conhecer outros produtos de origem tradicional alentejana como enchidos, vinhos, azeite, mel, pão, doces e artesanato e ainda algumas tasquinhas onde não faltarão os petiscos regionais. Só faltam as azeitonas, ou talvez não!

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Gelado com chocolate quente e muesli

Matéria-prima: Gelado de baunilha, chocolate negro, muesli, miolo de noz, pinhões, ananás, bolachas com chocolate.

Ferramentas: Tacho pequeno e frigideira.

Execução: Coloca-se o tacho em lume brando com a barra de chocolate no seu interior, juntando um pouco de leite. Mexer até que o chocolate e o leite se fundam.
Num prato coloca-se o gelado na quantidade desejada, por cima as bolachas de chocolate partidas em pedaços não muito grandes e uma rodela de ananás ao lado do gelado. Rega-se com o chocolate quente.
Numa frigideira previamente aquecida colocam-se os pinhões deixando-se torrar ligeiramente. Por cima do gelado com o chocolate quente e as bolachas, despejam-se os pinhões torrados, o muesli e o miolo de noz em quantidade suficiente para enquadrar sabores.

Complementos: Vinho do porto, vinho da madeira, branco velho, abafado, moscatel e até vinho tinto.

Mão-de-obra: Grau de dificuldade baixo.

Prazo de execução: Dez minutos.

Orçamento: Baixo

Higiene e segurança: Se sobrar algum vinho tinto da refeição principal, aproveita-se para acompanhar esta sobremesa. Ninguém se irá arrepender.
Pode-se criar uma outra vertente substituindo o chocolate quente por mel. Escolhendo esta opção é importantíssimo abusar dos pinhões torrados, do muesli e do miolo de noz.
Havendo ananás natural, pois o conservante do ananás em calda não permite esta operação, poder-se-á panar com chocolate quente, embebendo cada rodela de ananás no preparado de chocolate quente e leite.
Pode-se substituir o muesli por outro tipo de ingredientes crocantes ou estaladiços, tais como: corn flakes, milho tufado, amendoins com mel ou outros que criem empatia com a criativiade.

Normas: Nunca deixar pegar o chocolate quente no tacho.
Utilizando o ananás natural panado com chocolate quente, deixa-se sempre solidificar o chocolate quente e só depois se coloca a rodela panada no prato junto ao gelado.
Não deixar o gelado muito tempo fora do congelador antes de colocar no prato. Essa espera destroi o contraste com o chocolate quente.
Apesar do sabor do gelado poder ser outro que não baunilha, aconselho sempre gelados de um único sabor.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Feira e Festa do Queijo na Serra da Estrela

Como nesta época do ano não há só coisas más, para aqueles que preferem um Carnaval sem pistolas de água, mas com neve, sem serpentinas e fumos, mas com ar puro, e sem palhaçada, mas com muito queijo de qualidade o “Hoje há pipis” deixa duas sugestões, que ao mesmo tempo que poderão ser inesquecíveis, se se comer demasiado queijo - tendo em conta a sabedoria popular - poderão ser para esquecer. São elas: a Festa do Queijo em Gouveia e a Feira do Queijo em Seia.
Na festa do Queijo de Gouveia, o Queijo da Serra vai estar em mostra e prova, entre 16 e 20 de Fevereiro, no coração da Região da Estrela com o intuito de revelar as tradições ligadas à pastorícia e ao fabrico tradicional de Queijo da Serra.
No sábado de Carnaval, 17 de Fevereiro, vai ter lugar em Seia mais uma edição da Feira de Queijos. Mais de uma centena de pastores do concelho vão disponibilizar os seus produtos no certame, que, para além dos queijos, fará mostra de mel, vinhos, artesanato, gado ovino e caprino, assim como da raça do Cão Serra da Estrela, animal que pelo que o “Hoje há pipis” apurou não é muito indicado para culinária.
Ai, se a liga protectora dos animais sabe destas piadolas!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Empadas de galinha, espinafres e queijo fundido em massa folhada


Como é que isto se faz?!
Com a ajuda de uma tigela, recorta alguns círculos de massa folhada, sendo que em metade destes, fazes um outro recorte circular mais pequeno que irá servir para a tampa. Num tabuleiro, dispõe em conjuntos, uma rodela inteira e outra recortada em cima. Pincela com ovo e leva ao forno até a massa crescer e alourar.
Entretanto, numa frigideira com um fio de azeite e alguns alhos esmagados com a faca, frita umas tiras de peito de galinha, frango ou peru. Tempera de sal e pimenta, deixa fritar ligeiramente e acrescenta um pouco de molho de soja para caramelizar. Retira, desfia e reserva a carne sem os alhos. No molho que restou, salteia um molho de espinafres com umas pedrinhas de sal, deixa “murchar” e guarda também. Refoga ½ cebola bem picada, espeta-lhe com a carne, os espinafres, ½ pacote de queijo fundido e envolve tudo para formar uma pasta. Retira as tampinhas da massa que foi ao forno e preenche com o preparado.

Cozinha verde:
Utiliza sobras de frango assado. É muito bom e assim poupas gás, carne e o trabalho de a confeccionar.

São ideias...
Acompanha se quiseres, com arroz de ervilhas ou se for no verão, com uma salada à tua moda.

Buida:
Um branco leve e frutado, um tinto muito aberto ou uma Sangria.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Paelha ribatejana

Matéria-prima: Arroz, frango, camarão médio, miolo de camarão, amêijoa, mexilhão com casca, salsichas, ervilhas, pimento vermelho, pimento verde, alho, cebola, louro, caldo de galinha, azeite, açafrão, malagueta, sal, àgua.

Ferramentas: Wok.

Execução: Coloca-se o wok ao lume, e assim que estiver aquecido junta-se o azeite e o frango cortado em pedaços pequenos até alourar. Retira-se o frango e reserva-se. De seguida, utilizando o mesmo azeite, fritam-se ligeiramente os camarões médios e abrem-se as amêijoas e os mexilhões durante dois minutos. Retiram-se do wok e reservam-se. Ao azeite e aos fluidos libertados pelos mariscos e bivalves junta-se a cebola, o alho, o louro e a malagueta e deixa-se refogar em lume brando até a cebola ficar transparente. Sempre que o azeite escassear no wok acrescenta-se de modo a não deixar torrar. Ao refogado junta-se água em função da quantidade de arroz que se pretende cozinhar. Deixa-se levantar fervura, adiciona-se o caldo de galinha e o açafrão a gosto e finalmente o arroz. Deixa-se cozinhar cerca de cinco minutos, adicionando então os pedaços de frango previamente alourados no azeite e o pimento verde e vermelho cortados em palitos bem generosos. Cerca de dez minutos depois junte as ervilhas e o miolo de camarão. Desliga-se o lume e colocam-se por cima do arroz os camarões médios, as amêijoas os mexilhões e as salsichas cortadas em rodelas. Tapa-se o wok, leva-se á mesa, retira-se a tampa para evaporar a maioria dos vapores e está pronto a servir.

Complementos: Vinho branco seco, verde, rosé, sangria branca ou sangria de espumante.

Mão-de-obra: Grau de dificuldade médio

Prazo de execução: Quarenta e cinco minutos

Orçamento: Médio

Higiene e segurança: Nunca deixar secar o arroz. Tomar atenção á cozedura do arroz pois pretende-se que fique bem cozinhado mas com algum líquido.
Pode-se colocar o wok no forno durante dez minutos para soltar o arroz e eliminar os líquidos e humidades em excesso.

Normas: A partir do momento que se adiciona o arroz no wok não mais se mexe, agita ou toca no preparado. Apenas se lhe juntam os restantes ingredientes.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Ménage à trois

Matéria-prima: Cogumelos Frescos, tostas, queijo fresco, courgette, fígado de frango, coração de frango, anchovas, enguias em conserva, tâmaras, tomate, hortelã, orégãos, alho, sal, pimenta preta, azeite, vinagre balsâmico, mel, limão.

Ferramentas: Taça média e Wok.

Execução: Tosta – Esmaga-se o queijo fresco e tempera-se com orégãos, sal e pimenta. Reserva-se. Picam-se as anchovas em conserva escorre-se o líquido e adiciona-se ao queijo fresco misturando bem. Barram-se as tostas com o preparado, adiciona-se hortelã e está pronto. Cogumelos com enguias – Laminam-se os cogumelos frescos, colocam-se crus numa taça, temperam-se com vinagre balsâmico, alho picado, azeite e sal a gosto. Reserva-se no frio durante meia hora. Retiram-se os cogumelos do frio, escorre-se o líquido para uma taça e no momento de servir colocam-se as enguias por cima.
Courgette com tâmaras e fígado – Grelha-se a courgette e o fígado de frango. Tempera-se a courgette com sal. Na altura de servir a cougette vai para o prato, servindo de base para a tâmara aberta sem caroço e o fígado de frango no topo.
Tomate – Corta-se o tomate em quartos e tempera-se com azeite, sal e orégãos a gosto.
Ao líquido (vinagre balsâmico, alho picado, azeite e sal) que sobrou na taça depois de escorrer os cogumelos adiciona-se mel e algumas gotas de sumo de limão a gosto. Mexe-se bem este fluido e regam-se todos os componentes do prato.

Estrutura: Amigos disponíveis para servir de cobaia.

Complementos: Cerveja, Vinho branco, verde, rosé, tinto, espumante bruto ou moscatel.

Mão-de-obra: Grau de dificuldade baixo.

Prazo de execução: Trinta minutos.

Orçamento: Baixo.

Higiene e segurança: Não deixar passar demasiado o fígado de frango.
O tomate temperado com sal e orégãos contrasta com o adocicado do mel.
Podem-se servir estes componentes em separado, ou individualmente.
Caso se aprecie coração de frango, grelha-se como o fígado e coloca-se no topo das enguias e dos cogumelos.

Normas: Deixar para último componente a preparar e a colocar no prato a courgette com tâmara e fígado de frango, pois é o único componente que deve ser servido quente.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Restaurante Spot Lx


Meus amigos, para quem gostar de cozinha moderna e se interessar por novas experiências gourmet, sugiro um espaço óptimo a preços agradáveis para quem procura entrar neste universo, sem ter que vender o carro para comer.
Situado no 2º piso do Casino de Lisboa, O Restaurante Spot Lx é um local agradável para se estar e para comer. Podes optar pela sala, para uma refeição mais calma e prolongada, ou por um contacto descontraído, em mesas de bancos altos junto ao balcão, onde podes contemplar a dinâmica que se vive na cozinha ou se preferires, apreciar os espectáculos no Átrio do Casino. Foi numa destas mesas, que eu e a minha “Maria” dissecámos umas “Samoosas de bacalhau e queijo da serra”, “Gyoza de galinha e cajú com molho teriyaki” e tentámos o “Crab Cake com creme de wasabi” mas já não havia.
Sobre a comida, tenho a dizer que vale a pena de facto e que se “Os olhos também comem”, então os meus devem estar inchados.

Contactos:
21 892 90 43 ou 96 135 51 00
info@evolucaogastronomica.com
www.spotlx.com

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

27ª Feira do Fumeiro de Vinhais

A edição de 2007 da Feira do Fumeiro de Vinhais ver ter lugar de 8 a 11 de Fevereiro próximo.
Esta é uma boa oportunidade para degustar derivados do fumeiro de base tradicional transmontana e com certificação de qualidade, onde a qualidade da matéria-prima e o clima rigoroso conferem características únicas ao fumeiro desta região.
O “Hoje há pipis” destaca e aconselha a degustação dos enchidos produzidos a partir de carne de Bísaro, uma raça suína autóctone da região de Vinhais que é criada com uma alimentação à base de produtos naturais de onde se destaca a castanha, o que permite a obtenção de uma carne de excelente qualidade, suculenta e saborosa. Se a oportunidade de adquirir Butelo e Presunto de Vinhais surgir não a deixem escapar.
Bons fumos.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Sopa de abóbora com carnes





Esta sopa é por si só, uma refeição completa. É uma tradição em casa da minha mãe e agora também na minha. É costume utilizar feijão verde partido à mão, (cada vez que cortamos um alimento com lâmina de inox, estamos dar uma facada no alimento e outra nos nutrientes), mas neste caso foi mesmo com ervilhas, o que havia disponível.

Como é que se faz as coisas:
Numa panela com água, sal, uma cebola inteira, um tomate maduro e 2 cubos de caldo de galinha, coze um chouriço, um negro, um pedaço de aba de vaca, 2 ou 3 rodelas de chispe e um pouco de toucinho salgado de véspera. Deixa cozer bem as carnes, de preferência numa panela de pressão pelo que 40 minutos de fervura são suficientes.
Depois disto, retira as carnes e reserva-as num tacho tapado. Acrescenta ao caldo, cortados em pedaços, ½ kg de abóbora, 2 batatas, 1cenoura e 1 nabo. Depois de cozidos os legumes, tritura-os com a varinha mágica para obteres um caldo mais homogéneo. Corta as carnes e os enchidos em pedaços e espeta com eles na panela, juntamente com umas ervilhitas e uma massinha. Verifica o sal e deixa cozer a massa.
Acompanha com pão caseiro e bom vinho tinto.

Não digas que não te avisei:
Para não correres o risco de ficares com o caldo muito espesso, retira os legumes com uma concha para outro recipiente e tritura-os à parte. Depois, volta a incluir esse creme na sopa aos poucos até obteres a consistência desejada. Esta sopa não deve ter a transparência de uma canja nem a densidade de um creme de legumes.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Cogumelos selvagens com castanhas e grão

Matéria-prima: Cogumelos selvagens, grão, castanhas, entremeada de porco, pimento, cebola, alho, louro, sal, malagueta, cerveja branca, azeite.

Ferramentas: Tacho.

Execução: Prepara-se um refogado com a cebola, o alho, o pimento, o louro e o azeite. Assim que a cebola alourar, junta-se a entremeada cortada em tiras verticais sem a pele. Quando a entremeada ganhar cor adiciona-se um pouco de cerveja e juntam-se as castanhas. Vá provando e vigiando as castanhas até estarem cozidas no seu interior. Cozinhadas as castanhas juntam-se os cogumelos a tapa-se o tacho durante cerca de 10 minutos.
Atenção para não deixar secar. Sempre que for necessário adiciona-se um pouco de cerveja.
Retire-se a tampa, junta-se o sal e a malagueta a gosto e o grão. Desliga-se o fogão, tapa-se. Cinco minutos depois está pronto para ser servido.

Estrutura: Broa de milho. Se quiser fazer desta ideia o prato principal sirva com arroz de manteiga.

Complementos: Vinho tinto.

Mão-de-obra: Grau de dificuldade baixo.

Prazo de execução: Quarenta e cinco minutos.

Orçamento: Baixo.

Higiene e segurança: Quando se introduz o grão não se mexe mais no tacho.
Utilizando castanhas ultracongeladas é imperativo que deixá-las descongelar antes de juntar ao tacho, pois só assim se manterão inteiras sem se desfazerem.

Normas: Pode utilizar-se grão em lata, desde que se efectue a escolha certa (noutra oportunidade o “Hoje há pipis” irá sugerir algumas marcas).
Pode-se utilizar cogumelos frescos de estufa, ou mesmo, cogumelos de lata inteiros utilizando os mesmo critérios de escolha que o grão em lata.
Dê preferência a castanhas ultracongeladas pois são mais fáceis de cozinhar e mais rapidamente atingem a textura pretendida (Cozinhadas por dentro e rijas por fora).

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

XVI Feira do Fumeiro e do Presunto do Barroso de Montalegre

Este é dos eventos de cariz tradicional que mais interesse me despertou quando o visitei há alguns anos atrás, pois reúne tudo aquilo que me fascina no mundo rural. Gastronomia, tradição, música, sabedoria popular e calor humano criado a partir da fogueira da hospitalidade do povo.
A edição deste ano da Feira do Fumeiro e do Presunto do Barroso ver ter lugar de 18 a 21 de Janeiro.
Esta é uma oportunidade única para conhecer o fumeiro transmontano elaborado pelas mãos calejadas da tradição que passa de pais para filhos e que Montalegre muito bem preserva através desta iniciativa.
Depois de, até ao dia 28 de Dezembro passado, uma equipa da Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã ter percorrido, porta-á-porta, todas as casas onde existam proprietários de animais inscritos para a Feira do Fumeiro para realizar o processo de identificação dos suínos que irão estar presentes na edição deste ano, no próximo dia 18 poderemos finalmente “por os beiços” no melhor que se fa nesta região, aliando o tradicionalismo à garantia de qualidade e higiene dum produto elaborado apenas pelos produtores privados que aproveitam a Feira do Fumeiro para escoar o excedente da sua produção própria.
Se decidirem visitar esta Feira, aconselho que fiquem mais de um dia, pois é bem provável que alguém vos convide para partilhar cantadores, danças, pão, vinho e outras iguarias noite dentro.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Mexilhão à Ano Novo


Nos últimos anos em que fiz a passagem de ano com o meu “mano velho”, excelente cozinheiro, esteve sempre presente na mesa de entradas, uma iguaria por ele feita.
Chamemos-lhe, por assim dizer, “Mexilhões à Ano Novo” e aqui fica a receita:

Numa frigideira, faz abrir os mexilhões ao natural, apenas com a própria água que eles libertam e reserva. Noutra frigideira, refoga uma cebola picada em azeite, juntamente com pimento picado vermelho e verde. Espeta-lhe alguns pickles também picados e tempera de sal, pimenta, noz-moscada e um pouco de açafrão se quiseres/gostares desta especiaria. Acrescenta um pouco de leite ao preparado e guarda. Por fim, retira as metades vazias dos mexilhões, dispõe as que têm o “animal” numa travessa e preenche cada concha com o preparado.
Serve-se frio e com pinga fresca, cerveja ou vinho branco Leve, Verde ou Rosé.
Bom apetite.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Polvo à Galega

Matéria-prima: Polvo, cebola com casca, azeite, pimenta cayena, sal.

Ferramentas: Panela.

Execução: Coloca-se água na panela em cerca de 75% da sua capacidade. Quando a água ferver colocam-se duas cebolas inteiras com casca e o polvo na panela. Quando estiver quase cozido junta-se o sal. Cozido o animal, retira-se da panela, deixa-se arrefecer e corta-se em rodelas generosas. Utilizando um prato, não muito raso, dispõe-se o polvo, já devidamente cortado, e polvilha-se com a pimenta cayena a gosto. Quando chegar a altura de ser ingerido rega-se o polvo com azeite morno e serve-se de imediato.

Estrutura: Pão de trigo caseiro do dia anterior

Complementos: Tinto, branco, verde ou rosé.

Mão-de-obra: Grau de dificuldade muito baixo.

Prazo de execução: Quarenta e cinco minutos.

Orçamento: Baixo.

Higiene e segurança: É proibido desperdiçar azeite. Para que esse crime não aconteça, recorre-se ao pão do dia anterior.
Atenção à pimenta cayena, pois, se polvilhada em excesso destrói qualquer iguaria.

Normas: Não cortar o polvo quente. Não beber cerveja, pois em “amizade” com o azeite morno e a pimenta cayena pode causar alguma azia.
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