Na viagem de regresso da última visita à vizinha Espanha, achei por bem - até porque, não houve tempo para grandes “enfardanços,” pois tratou-se de uma viagem (relâmpago) de trabalho - fazer um “stop and go” numa qualquer grande superfície castelhana para encher a despensa de produtos de mercearia, charcutaria, vinhos e outros.
Depois de atestarmos o automóvel de produtos, que apesar de tudo, são relativamente mais baratos que em Portugal, assumimos o compromisso de, ainda antes do final do ano juntar alguns amigos do “enfardanço” para degustar, vinhos, queijos, enchidos e sabores, que os “nuestros hermanos” apelidam de ibéricos, e que, desta vez iriam ser transformados/confeccionados por mãos lusitanas.
Esta iniciativa concretizou-se no passado dia 7 de Dezembro, e obviamente, prolongou-se madrugada dentro.
A noite ibérica começou por volta das 20 horas, com grande movimentação na cozinha, acompanhada de vinho espanhol, enchidos de porco ibérico da Estremadura e de Castilla y León, queijos (manchego e mahón), conservas (anchovas, sardinhas e enguias), torresmos, azeitonas e pão. Ao mesmo tempo, tachos, panelas e woks preparavam as entradas quentes e uma outra entrada de experimentação a que resolvi chamar “Ménage à trois”.
Depois de digeridas as entradas quentes, ou seja, o Polvo à galega, o Mexilhão à Sanxenxo, os Cogumelos selvagens com castanhas e grão e a “Ménage à trois”, seguiu-se a refeição principal. Por volta da meia-noite, foi finalmente servida a Paella.
No que toca ás sobremesas, a degustação foi iniciada com um gelado de baunilha com chocolate quente, nozes e pinhões torrados, não faltando ainda, queijos, compotas e tangerinas acabadas de colher da árvore do quintal.
O café expresso de origem espanhola, as aguardentes velha e velhíssima da região ribatejana foram o remate para a refeição e o mote para a aproximação à lareira e aos sofás.
Nos próximos posts iremos expor passo a passo, prato a prato, vinho a vinho, tudo o que se passou nesta degustação ibérica.
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